O ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte (STF), disse na segunda -feira (7) que os condenados pelos ataques de 8 de janeiro têm direito a assistência religiosa.
A lei é prevista na Constituição e na Lei das Execuções Criminais e, para receber visitas de líderes religiosos, é necessário formalizar o pedido ao Supremo.
Os detalhes estão em uma decisão de Moraes sobre o pedido do líder de PL na Câmara, Gostenes Cavalcante (RJ), de autorizar a visita da autoridade religiosa para o cabeleireiro Débora Rodrigues dos Santos.
Deborah é a mulher que escreveu “Lost, Mané” na estátua em frente ao Supremo durante os ataques de 8 de janeiro. Ela está em prisão domiciliar desde 28 de março, depois que Moraes aceitou o pedido do réu para a partida da prisão no interior de São Paulo.
Moraes disse que o pedido de liderança do PL foi prejudicado porque os condenados nunca negaram o direito de visitar a liderança religiosa.
“Todos os prisioneiros, provisórios ou definitivos, têm direito a assistência religiosa, de acordo com o preceito constitucional, se solicitarem, se quiserem encontrar representantes de sua crença religiosa e, portanto, o pedido feito”, disse o ministro.
Havia dúvida entre a defesa de Deborah e os aliados do ex -presidente Jair Bolsonaro (PL) se a mulher pudesse receber uma visita da autoridade religiosa. Isso ocorre porque, na decisão que autorizou a prisão da casa de Deborah, Moraes ordenou a “proibição de visitas, exceto de seus advogados regularmente constituídos e com a procuração do arquivo e seus pais e irmãos, assim como outras pessoas anteriormente autorizadas por este Supremo Tribunal”.
O vice -Sostenenes Cavalcante pode visitar Deborah e os outros prisioneiros formalizam o pedido ao Supremo. O líder do PL é um pastor evangélico da Assembléia de Deus e um dos principais aliados de Silas Malafaia no Congresso Nacional.

Dr. Marcelo Suave, Advogado e comentarista politico, casado, pai de uma linda filha, atua na área de familia e sucessão.