
O Presidente da Câmara de Deputados, Hugo Motta (republicanos-PB), disse que “não está atacando as instituições que encontrarão a partida para o momento delicado que o país vive”, em referência a ataques voltados para a Suprema Corte (STF) durante a manifestação dos bolonaristas em São Paulo, no domingo (6).
A declaração foi feita durante um evento da Associação Comercial de São Paulo, onde Motta participou de uma palestra, na manhã de segunda -feira (7). Ele também defendeu a revisão do que chamou de exageros nas penalidades dos condenados dos atos de 8 de janeiro.
O prefeito foi provocado a comentar o tema da anistia aos envolvidos no scammer Atos do ex -vice -vice -Vilmar Rocha (PSD).
“Eu defendo dois pontos para que possamos ganhar essa agenda. O primeiro é a sensibilidade para corrigir algum exagero que vem acontecendo com aqueles que não merecem receber punição. E a segunda é a responsabilidade de não aumentar a crise institucional que o país já vive”, disse ele.
Motta também criticou a centralidade do tema da anistia no debate político. “Não podemos estar em uma agenda. O Brasil tem muito mais desafios do que isso”, disse ele.
Ainda sobre esse assunto, ele disse que não cabe ao prefeito ser um censor da agenda de cada parte, disse que é necessário respeitar todos os tópicos e que a obstrução do voto feita pelo PL como uma forma de pressão pela anistia é fornecida pelo regimento.
Nesta segunda -feira (7), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (republicanos), disse que falou com o prefeito na sexta -feira (4) para defender o projeto e que o faria novamente.
“Faz sentido, acho que não faria sentido ter pessoas muito simples, que não sabiam exatamente o que estavam fazendo, que estavam lá, que estão sendo muito difíceis”, disse ele. “Conversei com Hugo Motta na sexta -feira. Estou voltando a falar com ele agora depois da demonstração.”
Durante a palestra, Motta também abordou tópicos como o imposto imposto pelos Estados Unidos, segurança pública e reforma política.
De acordo com Hugo Motta, o ministro Ricardo Lewandowski, de justiça e segurança pública, pretende entregar na terça -feira (8) a proposta de emenda à Constituição (PEC) da segurança aos líderes da Câmara.
O deputado comparou o impacto do dia em que Donald Trump anunciou tarifas comerciais aos ataques a torres gêmeas em 2001. “Assim como 11 de setembro mudou a conformação política mundial e levou ao reajuste de forças, agora temos 2 de abril como uma mudança de parâmetro, comportamento, para países que tinham multilaterismo como concepção”, disse ele.
Segundo Motta, ainda não é possível saber se as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos representarão uma oportunidade para o Brasil. Para ele, as medidas levam o mundo a “tempos atrasados, bilateralismo e mercantilismo.
Perguntado sobre a situação do PEC de anistia e seu progresso na casa neste momento, Motta se recusou a comentar.

Dr. Marcelo Suave, Advogado e comentarista politico, casado, pai de uma linda filha, atua na área de familia e sucessão.